28 outubro 2011

Próximos encontros em novembro/2011!

Comunicamos que houve mudanças na programação das datas dos Encontros de Apoio ao Parto, devido a uma viagem importante e imprevista que a Ana Cris precisa fazer dia 1.º de novembro.


Segue a nova programação, sejam bem-vind@s!


8 de novembro, terça-feira
Palestra aberta com Vilma Nishi

Programação do encontro:

19h00 Recepção

19h15 Meditação orientada para gestação com Ana Bach

19h40 Roda de apresentação entre os participantes

20h00 Palestra com Vilma Nishi

22h00 Término das atividades

Evento gratuito!

 


Vilma Nishi conta sua experiência com Antroposofia, medicina chinesa, trabalho corporal, constelações familiares e gestalt-terapia na preparação psico-corporal de gestantes e no acompanhamento de partos, abordando a importância da continuidade desse trabalho no pós-parto.

Desde de 2002, Vilma Nishi atende partos domiciliares com excelentes resultados obstétricos promovendo, assim, a ideia de que a assistência ao parto normal em lugares não hospitalares, sendo amparada pelas recomendações da OMS e por uma série de evidências científicas, indicam que o ambiente acolhedor, o apoio emocional, a presença de familiares, o conforto físico e a privacidade facilitam a evolução fisiológica do parto normal.

Encontro promovido pelo Mami Butantã ( Movimento de Apoio à Maternidade Integral do Butantã -SP), em parceria com a Morada da Floresta com objetivo de oferecer apoio e informações sobre a gestação, parto,maternidade e paternidade.
OBS: Caso alguma paciente da Vilma entre em trabalho de parto neste dia, as (os) participantes serão comunicadas (dos) por email. Nesta eventual possibilidade o encontro acontecerá normalmente e assistiemos a o vídeo do Nascimento de Violeta Luz, Parto Rural na àgua.

Informações sobre meditação orientada para gestantes com Ana Bach


Ao praticar a respiração de um modo mais consciente podemos aprender a reconhecer como o ritmo de nossa respiração atua em nossos estados emocionais, mentais e energéticos.
A meditação pode auxiliar a gestante a conectar-se com a sua energia interior e profundar outros aspectos de si mesma.
É possível encontrar mais harmonia, integração com o feto, bem como enfrentar alguns dos incômodos da gravidez e  assim desfrutar do estado mágico  e sensível que  o gestar propicia a mulher.
Meditar é como voltar para casa, é permanecer no momento presente,
Nutrir a vida com mais energia vital.
Desenvolver confiança,
perceber as próprias necessidades
e gerar novos movimentos interiores e exteriores.

Ana Bach – Atua em clínica com atendimentos individuais, casais e famílias. Com ênfase em uma visão integrativa dos aspectos corporais, mentais, emocionais e espirituais. Trabalha com grupos em meditação, orientação profissional, vivências e oficinas criativas. Utiliza-se de técnicas da arte terapia, jogos dramáticos e psicodramáticos.Esses e outros recursos são resultado de aprendizados em trajetória pessoal como atriz, desde 1983. Hoje podem ser aplicados no espaço terapêutico e de terapia. anabach@gmail.com

22 de novembro, terça-feira

Palestra aberta com Ana Cristina Duarte

Horário: das 19h00 às 22h00
Local: Morada da Floresta
Evento gratuito!

Programação:
19h00 Recepção
19h15 Meditação para a gestação, com Ana Bach
19h40 Roda de apresentação entre as participantes
20h00 Início da palestra com Ana Cris

Ana Cris é obstetriz, educadora perinatal e palestrante na área de humanização da assistência ao parto. Formada em obstetrícia em 2008 pela USP/EACH, faz atendimento de pré-natal e parto domiciliar. Desde 1999 vem oferecendo a mulheres e casais grávidos informações, indicações de médicos, cursos e acompanhamento. Com a ajuda de outras mães, montou em 2001 o site Amigas do Parto, que busca oferecer informação de qualidade a gestantes e profissionais da assistência obstétrica. Em 2002, junto a outras doulas, fundou o site Doulas do Brasil, que ajuda mulheres e profissionais de todo o país a conhecer esse tipo de trabalho. É fundadora do Gama, Grupo de Apoio à Maternidade Ativa.
OBS.: Caso Ana Cris não possa estar presente devido à necessidade de assistir a algum parto, a reunião acontecerá normalmente e assistiremos a um vídeo de parto natural.

Local, informações e inscrições (para todos os encontros):



Morada da Floresta


Rua Diogo do Couto 47
Jardim Bonfiglioli, SP, SP
11 - 3735 4085
  11 - 2503 0036
e-mail para contato: contato@moradadafloresta.org.br

27 outubro 2011

http://espaber.uspnet.usp.br/jorusp/?p=18819
 
Novos padrões para o nascer
 SYLVIA MIGUEL

Com participação da USP, pesquisa nacional sobre parto e nascimento questiona o uso indiscriminado da cesariana e alerta para seus efeitos nas mães e nos recém-nascidos

No Brasil, um dos principais argumentos utilizados a favor da cesariana e da episiotomia de rotina é que o parto vaginal provoca flacidez dos músculos, comprometendo a atratividade sexual das mulheres. O excesso de estimativa de risco fetal ou a dor materna também desencadeiam a demanda por cesariana. Mas também os horários e conveniência dos médicos, especialmente no setor privado, colaboram para a prática indiscriminada da cesariana. No setor público, um argumento usado especialmente na década de 1990 é que a cesariana aliviaria a lotação de leitos.

Um grande retrato da assistência em saúde no Brasil vem sendo produzido por um consórcio de instituições de pesquisa e ensino e revelará em breve a magnitude das intervenções rotineiras desnecessárias relacionadas ao nascer. Trata-se da pesquisa Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento, coordenada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), com participação da USP e outras instituições de pesquisa e ensino do País. Ela pode ser conhecida em detalhes no site www.ensp.fiocruz.br/nascernobrasil.

Segundo a pesquisa, as práticas intervencionistas durante o parto ganharam terreno especialmente após a década de 1950, com a adoção da tecnologia como forma de acelerar, regular e monitorar o processo de nascimentos no Brasil. Com isso, estabeleceu-se um padrão, uma espécie de “linha de montagem” para nascimentos que, além dos procedimentos citados, disseminou o uso da ocitocina e outros medicamentos para induzir o trabalho de parto, a adoção da posição deitada para a parturiente, o uso de rotina do fórceps em hospitais-escola e a “manobra de Kristeller” (empurrar a barriga para forçar a saída do bebê).
Mesmo comprovado que tais práticas rotineiras, além de obsoletas, não constituem bom exercício da obstetrícia, a maioria dos obstetras não consegue abandoná-las, justamente porque constituem práticas que lhes foram passadas nos bancos universitários.

Do ponto de vista das pacientes, parece que as únicas opções possíveis, pelo menos no sistema público e privado de saúde brasileiro, seriam a escolha do “corte por cima” (a cesariana), ou do “corte por baixo” (a episiotomia).

A grande maioria das mulheres se submete a tais procedimentos por conta das informações deformadas que recebem dos próprios médicos, acreditando que esse ou aquele medicamento, essa ou aquela prática protegerão seu bebê. Ou seja, as parturientes assumem que o “médico está fazendo a coisa certa”.
Ainda pesa na falta de opções o fato de que a episiotomia é um dos poucos procedimentos cirúrgicos realizados sem qualquer consentimento prévio da paciente. Os médicos a realizam como “procedimento de rotina”. É bom ressaltar que o uso dessas tecnologias podem, comprovadamente, prevenir e reduzir danos à mãe e ao bebê, mas em casos muito específicos. A episiotomia seletiva, por exemplo, ou seja, aquela com indicação específica, traz maiores benefícios que o uso rotineiro, sendo indicada em situações de sofrimento fetal, quando existe ameaça de laceração perineal grave, quando o feto está em apresentação pélvica (virado), ou ainda quando há progressão insuficiente do parto.
 
No setor privado, onde 30% das mulheres dão à luz, a cesariana é realizada em mais de dois terços dos partos. A episiotomia em mulheres que dão à luz por via vaginal atinge a taxa de 94,2%, sendo 70% delas no serviço público, de acordo com dados da professora Carmen Simone Grilo Diniz, do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

A sociedade e, principalmente, as brasileiras, nunca discutiram profundamente as consequências na saúde das parturientes e dos bebês e nem sequer foi feita, até hoje, uma conta dos custos hospitalares relativos aos procedimentos cirúrgicos desnecessários nas práticas obstétricas. O que existe atualmente nesse sentido no Brasil são movimentos e debates em torno da Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (ReHuNa).
 
Motivações – Felizmente, pela primeira vez, o Brasil poderá fazer essa conta, ou seja, saber se, em se tratando de saúde pública, de fato se justifica a profusão de tantos procedimentos obstétricos sem indicação precisa. A pesquisa Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento permitirá conhecer a magnitude e os efeitos de intervenções desnecessárias como a cesariana em puérperas e recém-nascidos. Também será possível descrever a motivação das mulheres para a opção pelo tipo de parto e as complicações médicas durante o período do puerpério.

A Faculdade de Saúde pública (FSP) da USP, através do Departamento de Saúde Materno-Infantil, sedia a coleta de dados em São Paulo. “A pesquisa se iniciou em fevereiro de 2011 e deve ser finalizada em dezembro próximo”, afirma a coordenadora da coleta estadual dos dados, professora Camila Schneck, da Escola de Artes e Humanidades (EACH) da USP.

O edital convocado em 2009 pelo CNPq foi “provocado” por anseios de organizações civis e movimentos nacionais a favor da humanização dos partos no Brasil e contra a mutilação genital feminina, segundo a professora Carmen Simone Grilo Diniz (FSP), coautora da pesquisa.

Simone também coordena e monitora a coleta de dados da região Sudeste. O inquérito epidemiológico tem a professora Maria do Carmo Leal, da Fiocruz, como coordenadora-geral.

“A pesquisa traz inovações nunca estudadas em âmbito nacional. Conheceremos a magnitude da cesariana e de outras intervenções desnecessárias. Mas também poderemos relacionar os efeitos de gravidade pós-natal em mães e bebês decorrentes dessas intervenções, como também os efeitos de procedimentos ‘invisíveis’ no prontuário, como a manobra de Kristeller, por exemplo”, afirma Simone.

A amplitude das informações será possível graças à metodologia, que cruza a investigação de prontuários hospitalares com entrevistas de puérperas face a face no pós-parto imediato e por telefone 45 a 60 dias após o parto. Foram selecionados estabelecimentos de saúde nas cinco macrorregiões. Todos os Estados da federação participam, perfazendo um total de 23.580 pares de puérperas e conceptos.

Camila Schneck, da EACH, e Carmen Diniz, da Faculdade de Saúde Pública:
um retrato fiel da realidade brasileira no que se refere ao parto

13 outubro 2011

Próximos encontros

      Em parceria com a Morada da Floresta o Mami com alegria compartilha a programação dos próximos encontros. O objetivo destes encontros é proporcionar um ambiente que estimule reflexões e contribua para que as mulheres e casais recebam informação, apoio emocional e discutam suas dúvidas sobre gravidez,  parto e educação. A intenção é integrar a comunidade na busca por uma maior autonomia e autoconfiança durante a gestação, estando todos mais preparados para experiências de parto e maternidade ativas.
     Os encontros são dirigidos por doulas, parteiras e convidadas. Os conteúdos são abordados por meio de diálogos, histórias, imagens e vídeos, quinzenalmente na Morada da Floresta.
     Mami é um Grupo de Apoiado pela Parto do Princípio, Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa.

18 de outubro de 2011, terça-feira
das 19h30 às 22h00


Yoga Body Mind - Prática Para Gestantes
Com Prem Ananda (Patricia Franco)


Local: Morada da Floresta

Evento Gratuito. Vagas Limitadas! Faça sua reserva.

Yoga Body Mind para o nascimento e gestação é uma abordagem estimulante baseada nos principios de alinhamento corpo -mente, unindo a sabedoria antiga milenar do Yoga com pesquisas cientificas recentes no campo da consciencia corporal.
A prática irá explorar com profundidada a região da Pelve. A pelve tem importancia vital na gestação, é onde se localiza o centro da gravidade do corpo, é o recipiente que abriga o bebê, sustenta os orgãos internos da mãe e é a região anatômica através da qual irá passar no momento do nascimento.

Programação: 

19h30 - Recepção e roda de conversa entre as participantes
20h00 - Início da prática
21h30 - Término da prática
21h30 - Chá e partilha
22h00 - Término das atividades
Prem Ananda (Patricia Franco), é doula acompanhante de parto certificada pelo GAMA, estudou na School Body Mind Centering (MA -USA) sendo certificada como Educadora Somática do Movimento. Rolfista certificada pelo Rolf Institute. Especializou em Asthanga  Vinyasa  Yoga na Índia.